UMA EXPEDIÇÃO HISTÓRICA
O nome da agência é uma homenagem ao zoólogo alemão Johann Baptista Spix, que viajou pelo Brasil no período de 1817 a 1820, junto com seu colega botânico Karl Friedrich Philipp von Martius. A expedição de Spix e Martius não só foi uma das maiores da América do Sul em termos de extensão, como também teve uma relevância científica extraordinária. Eles foram responsáveis pela catalogação de cerca de 9 mil espécies animais e 20 mil plantas, das quais 6 mil eram desconhecidas na época. Até hoje são utilizados para delimitação e estudo de espécies, os tipos descritos por Spix, depositados na Zoologischen Staatssammlung München e nas coleções de Leiden e Neuchâtel. Martius confeccionou um detalhado mapa fitogeográfico do Brasil, que foi dividido em cinco províncias, de acordo com a vegetação que aqui encontrou: Flora Amazônica, região das Caatingas, Mata Atlântica, Cerrado e região das Matas de Araucária e dos Campos do Sul.
Além da fauna e flora, a dupla registrou com riqueza de detalhes os dados geográficos, geológicos e climatológicos brasileiros e construiu verdadeiros tratados etnográficos. A descrição e os desenhos registrados mostravam a estrutura política e econômica dos habitantes da região. A expedição dos naturalistas começou no estado do Rio de Janeiro e partiu depois São Paulo. Para chegar a Minas, a dupla percorreu a Estrada Real até chegar no antigo Arraial do Tijuco, hoje Diamantina. De lá, eles foram para a Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Só para se ter uma idéia da relevância das informações coletadas, na época, o único conhecimento dos europeus da fauna e da flora brasileiras baseava-se apenas nas informações sobre a região Nordeste, de duzentos anos antes da expedição de Spix e Martius, obtidas através de publicações decorrentes da ocupação holandesa chefiada pelo duque Maurício de Nassau.
Só para se ter uma idéia da relevância das informações coletadas, na época, o único conhecimento dos europeus da fauna e da flora brasileiras baseava-se apenas nas informações sobre a região Nordeste, de duzentos anos antes da expedição de Spix e Martius, obtidas através de publicações decorrentes da ocupação holandesa chefiada pelo duque Maurício de Nassau. Toda a obra de Spix e Martius levou 66 anos para ser concluída, mas Spix não chegou a ver o trabalho finalizado. Ele morreu seis anos depois do seu retorno à Europa. Sua morte ocorreu logo depois da publicação do primeiro, dos três volumes do livro “Viagem pelo Brasil”.